sexta-feira, 5 de julho de 2019

Quem descobriu o magnetismo da Terra?

Os primeiros a observar o magnetismo na Terra foram os gregos. Eles tentaram explicar esse fenômeno e foram os responsáveis pelo descobrimento da pedra magnetita, que atraía espontaneamente o ferro.

Um teste dos gregos com a magnetita indicou que a pedra, quando suspensa no ar, virava sempre para a mesma direção. A partir dessa constatação, Tales de Mileto, matemático e filósofo, afirmou que a tal pedra tinha “alma” e conseguia atrair matérias. Na verdade, eles não imaginavam que o fenômeno acontecia por causa do magnetismo natural do planeta.

Com o passar dos anos, os chineses criaram a primeira bússola primitiva, confeccionada com uma colher de magnetita, e conseguiram comprovar o magnetismo. Com o tempo, os cientistas confirmaram que a Terra é, na verdade, um grande imã, com os pólos magnéticos Norte e Sul.

A existência do Campo Magnético da Terra foi estudada por pesquisadores como Georg Hartmann e Robert Norman. Vale lembrar que o magnetismo terrestre é resultado das correntes elétricas presentes no núcleo do planeta, que é formado por ferro e níquel em estado líquido


O campo magnético da Terra está se comportando de maneira imprevista – e intrigando cientistas


Uma movimentação com características inesperadas no magnetismo da Terra está intrigando cientistas do mundo todo e fazendo com que os modelos existentes de descrição do campo magnético precisem ser atualizados.
Por causa de seu núcleo feito de metal líquido, a Terra funciona como um enorme ímã com pólos positivo e negativo. O campo magnético é a uma "camada" de forças ao redor do planeta entre esses dois pólos.
Conhecida como magnetosfera, essa grande camada é extremamente importante para a vida terrestre.
"É o campo magnético que nos protege das partículas que vêm de fora, especialmente do vento solar (que pode ser muito nocivo)", explica o geólogo Ricardo Ferreira Trindade, pesquisador do Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo (USP).
A maior parte do campo magnético é gerada pela movimentação dos metais líquidos que compõem o centro do planeta. Conforme o fluxo varia, o campo se modifica.

A questão, segundo Trindade, é que nos últimos dez anos ele tem "variado numa velocidade muito maior do que variava antigamente".
O pólo norte muda magnético constantemente de posição, mas sempre dentro de um limite. Embora a direção dessas mudanças seja imprevisível, a velocidade costumava ser constante.
No entanto, nos últimos anos o norte magnético está se movendo do Canadá para a Sibéria em uma velocidade muito maior do que a projetada pelos cientistas.


Modelo de campo

A mudança está forçando os especialistas em geomagnetismo a atualizarem o Modelo Magnético Mundial, espécie de mapa que descreve o campo magnético no espaço e no tempo.
"Ele é criado a partir de um conjunto de observações feitas no mundo inteiro ao longo de 5 anos, a partir dos quais se monta um modelo global que muda no tempo e no espaço, mostrando a variabilidade do campo", explica Trindade. "É uma espécie de mapa 4D."
O modelo é importante porque é a base para centenas de tecnologias de navegação modernas - dos controles de rotas de navios ao Google Maps.
"Ele é fundamental para geolocalização e até para o posicionamento de satélites", afirma o geólogo.
A versão mais recente do modelo foi feita em 2015 e deveria durar até 2020, mas a velocidade com o que a magnetosfera tem mudado está forçando os cientistas a atualizarem o modelo antes do previsto.
Além da mudança do pólo, um pulso eletromagnético detectado sob a América do Sul em 2016 gerou uma mudança logo após a atualização do modelo em 2015.
As muitas mudanças imprevistas têm aumentando o número de erros no modelo atual o tempo todo.
Segundo a Nature, pesquisadores do Noaa (centro de administração oceânica e atmosférica), nos EUA, e do Centro de Pesquisa Geológica Britânica perceberam que o modelo estava tão defasado que estava quase excedendo o limite aceitável - e prestes a gerar possíveis erros de navegação.
A nova atualização deverá sair dia 30 de janeiro de 2019, segundo a Nature, uma das revistas científicas mais prestigiadas do mundo.

Segurança espacial

O modelo é essencial também para a segurança espacial.

Como distribuição do campo não é homogênea, onde ele é mais fraco, a proteção que oferece é menor - isso faz que com que essas regiões, principalmente a altíssimas altitudes, sejam um pouco mais vulneráveis a ventos solares.

"Temos regiões onde ele é maior e outras onde o campo magnético muito baixo. Aqui (na América do Sul) temos uma anomalia grande que faz o campo magnético ser de baixa intensidade", explica Ernesto.
"Equipamentos atmosféricos, satélites e telescópios, principalmente, têm maior probabilidade de sofrerem danos se estiverem sobre essas regiões", explica.

As causas

Os cientistas estão trabalhando para entender por que o campo magnético está se modificando com tanta velocidade.
"O campo é todo variável e muito imprevisível", afirma a geóloga Marcia Ernesto, também pesquisadora do Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo (USP).
A movimentação do pólo norte pode estar ligada um jato de ferro líquido se mexendo sob a superfície da crosta terrestre na região sob o Canadá, segundo um estudo de pesquisadores da Universidade de Leeds publicado na Nature Geoscience em 2017.
Segundo Philip W. Livermore, um dos autores do estudo, esse jato poderia estar enfraquecendo o campo magnético no Canadá, enquanto o da Sibéria se mantém forte, o que estaria "puxando" o norte magnético em direção à Rússia.
O campo é tão variável que o pólo norte e o pólo sul magnéticos já se inverteram muitas vezes desde a formação do planeta.
A sua atual configuração é a mesma há 700 mil anos, mas pode começar a se inverter a qualquer momento. Segundo Ernesto, essa inversão demoraria cerca de mil anos.

"Pode ser que (a aceleração nas mudanças no campo) signifique que ele está caminhando para uma inversão, mas não é certeza. Pode ser que seja apenas uma aceleração momentânea", diz Márcia Ernesto.

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Conheça Socotra, a ilha árabe que parece um mundo alienígena


Saiba mais sobre a Socotra, uma ilha árabe curiosa, cuja paisagem interessante e extraordinária ganhou o apelido do lugar mais estranho da Terra.

A ilha de Socotra, ao largo da costa do Iêmen, foi chamada de lugar mais exótico da Terra. É realmente diferente de qualquer lugar existente na Terra devido à sua paisagem única, fauna e flora que só é encontrada no local.

O arquipélago de Socotra está localizado no noroeste do Oceano Índico, perto do Golfo de Aden. Com 50 km de extensão, o local é composto por quatro ilhas e dois ilhéus rochosos como uma extensão similar ao Chifre da África. A sua biodiversidade de flora e fauna chama atenção: 37% das 825 espécies de plantas de Socotra, 90% espécies de répteis e 95% de suas espécies de caracóis terrestres não são vistas em nenhum outro lugar no mundo.

Arvore estranha em praia

A paisagem da remota ilha de Socotra, que se parece com um filme de ficção científica, foi separada do continente africano entre seis e sete milhões de anos atrás. Localizado a cerca de 250 km da Somália e 340 km do Iêmen, o ambiente da ilha inclui praias de areia branca, cavernas e montanhas imponentes, cercadas por um clima quente e úmido.


Socotra tem um deserto tropical e clima semi-deserto com uma temperatura média de 25° C e quase nunca chove. Além disso, é um dos lugares mais remotos da terra de origem continental e já foi parte do supercontinente de Gondwana, do qual se separou durante o Mioceno.


Algumas Imagens do Lugar





quarta-feira, 26 de junho de 2019

Novo composto para a cura do câncer pode ter sido encontrado em floresta australiana


Desde os tempos mais remotos o homem já sabia que a cura para várias doenças estava na natureza. Hoje, esse conhecimento continua estimulando os pesquisadores, que tentam encontrar nas florestas as respostas que ainda faltam para a medicina.

Uma destas respostas pode ter sido descoberta em florestas da Austrália. Relatos indicam que um composto encontrado no país poderia ser a chave para a descoberta definitiva de uma cura para o câncer.

Este composto, conhecido como hylandia dockrillii, só está presente em um lugar no mundo: uma parte distante do norte da Austrália.

A planta foi descoberta nas proximidades da Grande Barreira de Corais da Austrália, região com mais de 70 parques nacionais, incluindo as florestas do Norte de Queensland. Os compostos supostamente encontrados na planta seriam dotados de uma molécula que os cientistas estão chamando de EBC-46, uma promessa para a cura do câncer.

De acordo com pesquisadores, estes compostos são tão potentes que teriam matado tumores cancerígenos em experiências de laboratório em apenas sete dias. Outros tipos de câncer foram erradicados em apenas 48 horas.

Estudos sobre o caso

Numerosos estudos clínicos já mostraram essa promessa no tratamento do câncer. O composto teria sido testado em animais de laboratório, incluindo cavalos, ratos e cães. Os primeiros testes em humanos com a nova droga teriam acontecido com uma mulher e evitado que a paciente tivesse que passar por uma amputação de braço.

Pesquisas preliminares indicaram que o EBC-46 parece desencadear uma resposta imunológica quando injetado em locais com tumores cancerosos. Essa ação seria capaz de fazer com que as células brancas do sangue atacassem o tumor, reduzindo sua presença progressivamente, até eliminar totalmente as células cancerosas que o formavam.

Ao que tudo indica, o composto não causa efeitos colaterais e funciona mais rápido do que outros tratamentos especificamente em casos de melanomas, como o câncer de pele. Segundo o QIMR Berghofer, Instituto de Pesquisa Médica de Queensland, na Austrália, um estudo foi conduzido recentemente sobre o composto e constatou que, em mais de 70% dos casos, os tumores cancerígenos morreram com o uso da nova droga.

De acordo com o médico Dr. Glen Boyle, que liderou o estudo, "há um composto na semente que precisa ser purificado para a criação do medicamento, e o processo é complexo”. Boyle explicou também que a árvore é muito rara e só cresce em condições específicas.

Embora o Dr. Boyle tenha confirmado que o composto poderia ser usado para melhorar o tratamento de quimioterapia, também existe a possibilidade de que a droga possa ajudar a curar o câncer através da simples ingestão do fruto ou uso tópico.

Apesar do estudo, nenhuma evidência clínica foi oficialmente comprovada com o uso do fruto em sua forma natural. A esperança é que o novo composto passe por mais testes, a fim de comprovar sua eficácia na cura de alguns tipos de câncer.

Até o momento, sabe-se que os compostos da Blushwood poderiam ser empregados para cortar o fornecimento de oxigênio às células cancerosas, permitindo a remoção de tumores sem a necessidade de cirurgia, quimioterapia ou terapia de radiação.


Fonte: The event chronicle.

domingo, 23 de junho de 2019

Molusco que come rochas e expele areia é encontrado nas Filipinas

quinta-feira, 20 de junho de 2019

A verdade sobre a base subaquática alienígena em Malibu


Cerca de 6 milhas distante da costa de Point Dume, em Malibu, Califórnia, existe uma estrutura de aparência incomum no fundo do mar. Imagens obtidas no Google Earth mostram um objeto em forma oval, que tem um enorme topo plano, pilares e uma possível entrada para um local mais escuro. Estudiosos acreditam que esta possa ser uma base subaquática de extraterrestres, outros dizem que trata-se do local onde está escondido o Santo Graal.

Muitas teorias foram levantadas sobre estas imagens. O objeto estaria 2.000 metros abaixo da superfície da água, e mediria cerca de 3 quilômetros de largura.

Segundo o jornal The Huffington Post, a imagem do Google Earth mostra algo estranho na costa Malibu. A estrutura é um oval perfeito, possivelmente uma obra feita pelo homem.

Rumores de que o local seria uma base alien têm circulado por Malibu. Mas, para os geólogos, a estrutura é apenas uma parte da plataforma continental, que pode ter sofrido com a erosão.

Veja o vídeo (Em inglês):



De acordo com o ex-agente especial do FBI, Ben Hansen, que tem uma extensa experiência em investigar e analisar imagens questionáveis e vídeos, as informações sobre a estrutura ainda são limitadas para fazer qualquer afirmação.

Fonte: Huffingtonpost


quarta-feira, 19 de junho de 2019

Unacknowledged: o documentário sobre UFOLOGIA que você precisa ver!


A vida fora da terra é um mistério para todos, alguns acreditam que os Óvnis realmente existem, enquanto outros ficam um pouco desacreditados de teorias dessa natureza. Mas, o que nem todos deixaram passar pela suas cabeças é que a morte do Presidente Kennedy e a morte de Marilyn Monroe estivessem envolvidas nesse tema, junto com a CIA (o que talvez já fosse de se esperar).

Recentemente foi lançado um documentário sobre o envolvimento desses casos e muitos mais sobre UFOLOGIA na internet, inclusive na Netflix, onde há a menção de documentos descobertos e análise de fatos, além de depoimentos reais de pessoas próximas aos acontecidos.

Se você se interessou e deseja saber mais, fique com a gente na leitura deste post e se inteire no assunto. Vamos lá!


Assista ao trailer: (Ative as legendas, vídeo em inglês)



Documentos revelados


Na pesquisa que precedeu a produção do documentário foram descobertos alguns documentos que comprovam as afirmações feitas ao longo dele, como a existência de Óvnis, o contato deles com humanos e a necessidade bem frisada pela CIA de guardar todas essas informações, nem que para isso houvesse a precisão de exterminar qualquer que fosse o indivíduo, famoso ou não.

Um dos investigadores dos materiais comprobatórios foi o estrangeiro Scott C. Waring, ex-editor do extinto UFO Sightings Daily, divulgou em seu site cópias de uma carta enviada para o então chefe da CIA que abordava o assunto da morte de Kennedy associando-a ao tema da vida extraterrestre.


Na carta havia a seguinte conversa:



- “A candidata presidencial Hillary Clinton ainda não sabe, mas ela não tem o poder de divulgar essa informação”.

- “A CIA a mataria antes que pudesse, assim como fizeram com JFK”

- “Sim, apenas uma semana antes de sua morte, JFK escreveu um memorando para a CIA para liberar as informações pertinentes à NASA, mas de alguma forma ele foi morto antes que isso acontecesse”



No documentário são expostos outros documentos e ainda uma entrevista com alguém que afirmou ter proximidade do assunto e aborda uma conversa de Kennedy com outra pessoa, onde ele diz que acredita em Óvnis e afirma que há mais vida fora da terra, mesmo que muitos não acreditem, já que a CIA se encarrega de encobrir todas as informações a respeito.


Marilyn Monroe


Mas onde Marilyn Monroe se encaixa nessa história toda? Bem, a CIA entendia (devido rumores comprovados) que ela teria um caso com John F Kennedy e, por isso, detinha os mesmos conhecimentos que ele sobre ufologia e possíveis informações da CIA sobre casos de Óvnis na terra.

Ao matá-la eles estariam fazendo um tipo de “queima de arquivo”, fazendo com que as conversas e informações deles não se espalhassem mais e outras pessoas soubessem a real verdade sobre os Óvnis e seus contatos com os humanos.

Presidente Kennedy



Kennedy sempre afirmou que existia vida fora da terra e acredita-se que ele morreu por que exigiu a liberação de arquivos de ufologia secretos da CIA, pois ele queria que todos soubessem a verdade que ele pensava ser a real: os Óvnis realmente existem.


Conspiração mundial



O documentário Unacknowledged coloca à vista a verdade que a CIA pretende sempre esconder, tudo sobre a UFOLOGIA e as visitas de extraterrestres na terra que são mantidas em segredo e escondidas do público há muito tempo.

A película defende que a cobertura da verdade seja tirada e tudo seja revelado para que todos tomem conhecimento de que existe vida fora da terra.


terça-feira, 18 de junho de 2019

A Física das Civilizações Extraterrestres

Quão avançadas elas poderiam ser? 


1ª. Parte

Em seus últimos anos, Carl Sagan fez, em uma ocasião a seguinte pergunta: “Que significa para uma civilização ter a idade de um milhão de anos? Nós obtivemos radiotelescópios e naves espaciais há apenas umas poucas décadas; nossa civilização técnica tem apenas umas poucas centenas de anos... Uma civilização avançada de milhões de anos está muito mais longe de nós do que nós estamos de um pequeno arbusto na forma de um símio”.

Ainda que qualquer conjectura sobre tais civilizações avançadas seja só uma especulação, penso que podemos usar as leis da Física para estabelecer os limites superiores e inferiores destas civilizações.Em particular, agora que as leis no campo da Teoria Quântica, Relatividade Geral, Termodinâmica, etc., estão bastante bem estabelecidas, a Física pode impor amplos limites físicos os quais restringem os parâmetros destas civilizações.Esta pergunta não vai mais além de uma frívola especulação. Dentro de pouco, a humanidade pode sofrer um choque existencial quando a atual lista de uma dezena de planetas extra-solares do tamanho de Júpiter cresça a centenas de planetas do tamanho da Terra, gêmeos quase idênticos de nosso lugar celeste.Estamos iniciando o uso de uma nova classe de telescópio, O telescópio espacial de interferometria, o qual usa a interferência de os raios de luz para amplificar O poder de resolução de os telescópios.Por exemplo, a Missão de Interferometria Espacial (Space Interferometry Mission o SIM) consta de múltiplos telescópios situados ao largo de uma estrutura de 10 metros. Com uma resolução sem precedentes aproximando-se do limite físico da óptica. O SIM é tão sensível que quase desafia a imaginação: orbitando a Terra, pode detectar o movimento de uma lanterna agitada por um astronauta em Marte!O SIM, ademais, pavimentará o caminho para o Buscador de Planetas Terrestres (Terrestrial Planet Finder), que deverá identificar ainda mais planetas similares a Terra. Este poderá analisar as 1.000 estrelas mais brilhantes em um raio de 50 anos luz desde Terra e se centrará nos 50 a 100 sistemas planetários mais brilhantes.Tudo isto estimulará um esforço ativo em determinar se algum deles pode albergar vida, talvez alguns com civilizações mais avançadas que a nossa.Ainda que seja impossível predizer as características exatas de tais civilizações avançadas, podemos analisar seus limites usando as leis da Física. Não importa quantos milhões de anos nos separem deles, eles devem obedecer também às leis “de ferro” da Física, as quais estão já o bastante avançadas para explicar muito, desde as partículas subatômicas até a estrutura em enorme escala do Universo.

A Física das civilizações de Tipo I, II, e IIIEm concreto, podemos classificar as civilizações por seu consumo de energia, usando os seguintes princípios:

1) As leis da termodinâmica: inclusive uma civilização avançada está limitada pelas leis da termodinâmica, especialmente pela Segunda Lei, e pode, portanto ser classificada pela energia de que dispõe.

2) As leis da matéria estável: a matéria bariônica (baseada em prótons e nêutrons) tende a reunir-se em três grandes agrupamentos: planetas, estrelas e galáxias. Isto está bem definido pelo produto da evolução galáctica e estrelar, fusão termonuclear, etc.

3) As leis da evolução planetária: qualquer civilização avançada deve incrementar seu consumo de energia mais rapidamente que a freqüência de catástrofes que ameacem a vida (por exemplo, impactos de meteoritos, glaciações, supernovas, etc.). Se crescem mais lentamente, estão condenados à extinção. Isto marca O limite inferior para a taxa de crescimento de estas civilizações.

Em um artigo original publicado em 1964 no Journal of Soviet Astronomy, o astrofísico russo Nicolai Kardashev teorizou que as civilizações avançadas devem estar agrupadas de acordo com três tipos: Tipo I, II, e III, as quais chegaram a dominar as formas de energia planetária, estrelar e galáctica, respectivamente. Kardashev calculou que o consumo de energia destes três tipos de civilização estariam separados por um fator de muitos milhares de milhões. Porem, que tempo levará alcançar a situação de Tipo II e III?.

O astrônomo de Berkeley Don Goldsmith nos recorda que a Terra recebe ao redor de uma bilionésima parte da energia do Sol, e que os humanos utilizam só uma milionésima parte desta. De modo que consumimos ao redor de uma trilhonésima parte da energia total do Sol. Na atualidade, a produção energética total de nosso planeta é aproximadamente de 10 trilhões de ergs por segundo. Porém nosso crescimento energético aumenta de forma exponencial, e, portanto podemos calcular quanto nos levaria alcançar a situação de Tipo II ou III.

Goldsmith disse: “Veja quão longe chegamos no uso da energia uma vez que compreendemos como manipular, como obter combustíveis fósseis e como criar energia elétrica a partir da força da água, e assim sucessivamente; temos aumentado nosso uso de energia em uma quantidade extraordinária em apenas um par de séculos comparado com os milhares de milhões de anos de existência de nosso planeta... e da mesma forma poderia isto se aplicar a outras civilizações”.

O físico Freeman Dyson estima que, em um prazo não maior do que 200 anos, deveríamos alcançar plenamente a situação de Tipo I. Deste modo, crescendo a uma modesta taxa de 1% por ano, Kardashev estimou que levaríamos 3.200 anos para alcançar a situação de Tipo II, e 5.800 anos a situação de Tipo III.

Por exemplo, uma civilização de Tipo I é plenamente planetária, dominou a maioria de formas de energia de seu planeta. Sua produção de energia pode estar em ordem de milhares de milhões de vezes a produção atual de nosso planeta. Mark Twain disse uma vez: ”Todo mundo se queixa do clima, porém ninguém faz nada para mudá-lo“. Isto poderia mudar com uma civilização de Tipo I, a qual tenha suficiente energia para modificar o clima. Também teriam suficiente energia para alterar o rumo de terremotos, vulcões, e construir cidades nos oceanos.

Atualmente, nossa produção de energia nos qualifica para o estado de transição do Tipo 0 para a consolidação do Tipo I. Derivamos nossa energia não do aproveitamento de forças globais, mas da combustão de plantas mortas (por exemplo, petróleo e carbono). Porém, já podemos ver as sementes de uma civilização de Tipo I. Vemos o começo de uma linguagem planetária (Inglês), um sistema de comunicação planetário (Internet), uma economia planetária (a força da União Européia, por exemplo), e inclusive os começos de uma cultura planetária (meios de comunicação, TV, música rock, e cinema).

Por definição, uma civilização avançada deve crescer mais rápido que a freqüência de catástrofes que ameacem a vida. Como o impacto de um grande meteorito ou cometa tem lugar uma vez a cada poucos milhares de anos, uma civilização de Tipo I deve dominar a viagem espacial para desviar os escombros em um lapso de tempo que elimine o problema. As glaciações têm lugar em uma escala temporal de dezenas de milhares de anos: então civilização de Tipo I deve aprender a modificar o clima dentro deste marco temporal.



2ª. Parte

As catástrofes artificiais e internas devem ser também levadas em conta. Porém o problema da contaminação global é só uma ameaça mortal para uma civilização de Tipo 0; uma civilização de Tipo I que tenha vivido durante vários milênios como civilização planetária, necessariamente leva a cabo um desequilíbrio planetário em nível ecológico. Os problemas internos supõem uma ameaça séria recorrente, porém têm milhares de anos de existência nos quais podem resolver conflitos raciais, nacionais e sectários.

Finalmente, depois de vários milhares de anos, uma civilização de Tipo I esgotará a energia de um planeta, e derivará sua energia do consumo da completa produção de energia de seus sóis, ou aproximadamente mil bilhões de trilhões de ergs por segundo.

Com sua produção de energia similar a de uma pequena estrela, deveriam ser detectáveis desde o espaço. Dyson propôs que uma civilização de Tipo II poderia inclusive construir uma gigantesca esfera ao redor de sua estrela para usar de forma mais eficiente a produção de energia total. Desde o espaço exterior, seu planeta brilharia como um árvore de Natal. Dyson inclusive propôs buscar especificamente emissões de infravermelho (mais que as de rádio e TV) para identificar estas civilizações de Tipo II.

Talvez a única ameaça séria para uma civilização de Tipo II seria a explosão próxima de uma Supernova, cuja súbita erupção poderia chamuscar seu planeta com um fulminante jorro de Raios-X, matando todas as formas de vida. Desta forma, talvez a civilização mais interessante é a de Tipo III, por ser verdadeiramente imortal. Esgotaram a energia de uma estrela individual, e então alcançaram outros sistemas estelares. Nenhuma catástrofe natural conhecida pela ciência é capaz de destruir uma civilização de Tipo III.

Para enfrentar uma Supernova vizinha, teriam distintas alternativas, tais como alterar a evolução da gigante vermelha moribunda que está à beira de explodir, ou abandonar esse sistema estelar e terraformar um sistema planetário diverso.

Sem dúvida, há limites para uma civilização emergente de Tipo III. Finalmente, se chocaria com outra das “leis de ferro” da Física, a Teoria da Relatividade. Dyson estima que isto poderia ser um obstáculo para a transição a uma civilização de Tipo III de talvez milhões de anos.

Porém, mesmo com a barreira da velocidade luz, há um número de caminhos para expandir-se a velocidades próximas à da luz. Por exemplo, a última medida da capacidade dos foguetes se toma mediante algo chamado “impulso específico” (definido como o produto do empuxo e a duração, medidos em unidades de segundos). Os foguetes químicos podem alcançar impulsos específicos de várias centenas a milhares de segundos. Os motores iônicos podem obter impulsos específicos de dezenas de milhares de segundos. Porém para obter velocidades próximas à da luz, se deve alcançar um impulso específico de aproximadamente 30 milhões de segundos, o qual está muito longe de nossa capacidade atual, porém não para uma civilização de Tipo III. Uma variedade de sistemas de propulsão poderia estar disponível para sondas de velocidade extremas (tais como motores de fusão, motores fotônicos, etc.).

Devido a que a distância entre estrelas é tão enorme, e o número de sistemas solares não aptos para a vida seja tão grande, uma civilização de Tipo III se encontraria com o seguinte dilema: Qual é a forma mais eficiente de forma matemática para explorar as centenas de milhares de milhões de estrelas da galáxia?

Na ficção científica, a busca de mundos habitáveis tem sido imortalizada por heróicos capitães que comandam valentemente uma solitária nave estelar, ou como os assassinos Borg, uma civilização de Tipo III que absorve uma menor civilização de Tipo II (como a Federação). Sem dúvida, o método matematicamente mais eficiente para explorar o espaço é bastante menos glamouroso: enviar flotilhas de “sondas Von Neumann” através da galáxia (chamadas assim em homenagem a John Von Neumann, que estabeleceu as leis matemáticas dos sistemas auto-replicantes).

Uma sonda Von Neumann é um robô desenhado para alcançar sistemas estelares muito distantes e criar fábricas que reproduziriam cópias de si mesmas aos milhares. Uma lua morta é um destino ideal para uma sonda Von Neumann, muito mais que um planeta, devido a que se pode aterrissar e se lançar mais facilmente delas, e também devido a que estas luas geralmente não apresentam mais problemas de erosão. Estas sondas viveriam do solo, usando os depósitos naturais de ferro, níquel, etc., para criar a matéria prima com o que construiriam uma fábrica de robôs. Criariam milhares de cópias de si mesmos, com o qual poderiam dispersar-se e seguir a busca em outros sistemas estelares.

De forma similar a como um vírus coloniza um corpo com um tamanho de várias vezes o seu, finalmente teríamos trilhões de sondas Von Neumann expandindo-se em todas direções, crescendo a uma fração da velocidade da luz. Desta forma, inclusive uma galáxia de 100.000 anos-luz de tamanho poderia ser completamente analisada em, digamos, meio milhão de anos.

Se uma sonda Von Neumann só encontra evidências de vida primitiva (tais como uma inestável e selvagem civilização de Tipo 0) simplesmente permaneceria na lua, esperando em silêncio que a civilização de Tipo 0 evolucione a uma civilização estável de Tipo I. Depois de esperar pacientemente durante alguns milênios, se ativariam quando a emergente civilização de Tipo I seja o bastante avançada para estabelecer uma colônia lunar. O Físico Paul Davies da Universidade de Adelaide propôs a possibilidade de que uma sonda Von Neumann descansou em nossa lua, numa visita prévia a nosso sistema há milhares de anos atrás.



Fonte:
http://cinciaeinvestigacao.blogspot.com/2009/09/fisica-das-civilizacoes.html

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