segunda-feira, 1 de maio de 2017

ILHA DE COLARES EM 1977 (OPERAÇÃO PRATO)

Operação Prato consistiu-se na maior investigação ufológica já realizada por órgãos governamentais no Brasil. Durante quase quatro meses a Força Aérea Brasileira (FAB) através do I Comar (Comando Aéreo Regional) comandado pelo major Protásio de Oliveira e com sede em Belém/PA, disponibilizou agentes militares para investigarem estranhas manifestações de objetos voadores não identificados e luzes desconhecidas que vagavam, geralmente à noite e assombravam as populações na região da Baixada Maranhense, abrangendo os estados do Maranhão, Pará, Amapá e Amazônia. Os focos parecem ter se concentrado na região de Belém, aos arredores da Ilha de Marajó e nos vales dos rios Amazonas e Tapajós, região Norte do Brasil. Casos semelhantes foram também registrados em alguns Estados da região Nordeste.
A operação foi comandada pelo então capitão (depois reformado coronel) Uyrangê Bolívar Soares Nogueira de Hollanda Lima que conseguiu juntamente com sua equipe fotografar e filmar atividades alienígenas em regiões distintas da selva paraense. Grande parte das ocorrências se deu em locais bastante próximos às comunidades ribeirinhas. Hollanda colheu mais de centena de relatos de pescadores, caboclos, mulheres e crianças dando conta das estranhas ocorrências que, por sinal, até hoje se mostram inexplicáveis e ainda assim, oficialmente ignoradas pelas nossas autoridades.

Dossiê Amazônia 

Um dos personagens mais marcantes da operação prato foi a médica psiquiatra Wellaide Cecim Carvalho que com apenas 21 anos era responsável pela Unidade Sanitária de Colares e prestou socorro a mais de 80 vitimas de ataques realizados por óvnis de forma cilíndrica.
Ela viveu na pele as pressões dos militares da aeronáutica em suas atividades de investigação do fenômeno em Colares,animais e depois seres humanos eram atacados e tinham seu sangue retirado por alguma tecnologia desconhecida,as autoridades paraenses sabiam a gravidade dos acontecimentos e não fizeram nada,o Coronel Uyrangê Hollanda comandava uma equipe da aeronáutica que somente fotografava os óvnis e não se envolvia quando as luzes atacavam a população da ilha mesmo dentro de suas casas as pessoas continuavam sendo atacadas.
O governo brasileiro da época (1977) e a própria FAB devem ter-se assustado e preocupado bastante com o que acontecia. Aparentemente só não tinham explicações para da, daí a tentativa de silenciar que prevaleceu na ocasião. No Correio do Povo, de Porto Alegre, de 12.07.1977, foi publicado o seguinte resumo:”Belém do Pará – A história fantástica de um objeto voador que emite uma luz forte e suga o sangue das pessoas circula de boca em boca entre a população dos municípios de Bragança, Viseu e Augusto Corrêa, no estado do Pará, onde muita gente teme em sair de suas casas durante a noite para não ser apanhada pela vanpiresca luz de um estranho objeto que, segundo as informações, já teria provocado mortes. O jornal Folha da Manhã de 21.10.1977, também publicou resumidamente o seguinte: “Um estranho objeto voador, que se locomove em grande velocidade e projeta uma luz forte luz vermelha, esta provocando pânico nos moradores dos municípios de Vigia e Santo Antonio de Tauá. Os jornais de Belém que deram grande destaque ao assunto, foram aconselhados pela Policia Federal (época de exceção ou ditadura) a não publicarem mais nada, a fim de evitar transtornos maiores.


Experiência inesquecível junto a agentes do SNI 

Iniciada a investigação, dezenas de rolos de negativos e pelo menos quatro filmagens de UFOs foram produzidas para Operação Prato. Entre as muitas experiências que o coronel Uyrangê Holanda relatou nas poucas entrevistas que concedeu e nas palestras que proferiu antes de cometer suicídio, uma delas deu-se na presença de agentes do extinto Serviço Nacional de Informação (SNI), a agência de inteligência brasileira durante o período de regime militar (hoje substituída pela ABIN – Agência Brasileira de Inteligência: http://www.abin.gov.br). 
No dia 28 de novembro de 77, um grupo de agentes do SNI pediu para acompanhar uma vigília da equipe da Aeronáutica, apenas para matar a curiosidade. Ainda assim tiveram que solicitar autorização para o chefe do SNI em Belém, o coronel Filemon. Uma vez autorizados, eles havia marcado o encontro na Baia do Sol, em Belém, às 18 horas. No entanto, os agentes só chegaram às após as 19h30, quando a equipe da FAB já estava se retirando, com todo o equipamento recolhido.

"Quando chegou a viatura com os colegas do SNI, eu cheguei brincando e falei que o horário deles era meio britânico", lembrou o coronel Hollanda, em tom de brincadeira, numa palestra no Rio. E continuou: "Enquanto continuávamos conversando e eu dando uma gozada neles, um deles apontou para cima e disse olhe aqui em cima. EU NUNCA TINHA VISTO NADA PARECIDO. Eu tinha estado durante dois meses, durante todas as noites, fazendo aquela investigação. Estávamos com equipe e equipamento, com a responsabilidade de apurar todos os fatos. Eu nunca tinha visto nada tão assustador, tão claro, tão definitivo como estava vendo naquele momento. Em cima de nós, a cerca de 200 m de altura, tinha um objeto parado exatamente onde nós estávamos. O objeto tinha uns 30 m de diâmetro, negro, escuro e com uma luz fraca no meio, uma luz amarelo para âmbar, mas estava exatamente onde estávamos".

Segundo o coronel Hollanda, o objeto "passou a emitir uma luz amarela muito forte, dava até para você catar uma agulha no chão, ficou claro como o dia e aumentou e diminuiu aquela luz por cinco vezes. Não era uma luz rápida, uma luz violenta como a luz do flash de uma máquina fotográfica. Não era nada disso; era progressiva, como se você tivesse um regulador e você fosse aumentando e diminuindo progressivamente aquela luz. Ele fez isso cinco vezes. Aumentava e diminuía, nós não tivemos a vontade, a noção de tirar o equipamento que estava dentro do carro para fotografar ou filmar aquele objeto. Primeiro, eu acho que não daria tempo, tinha que montar as máquinas que eram profissionais. Nós ficamos com os olhos grudados naquilo. Ele sinalizou 5 vezes e depois a luz do centro que era amarela ficou azul, um azul muito bonito, e ele disparou no sentido leste, disparou do zero ao infinito rapidíssimo, impossível de uma aeronave terrestre fazer isto", concluiu. 

Ex-Ministro Octávio Moreira Lima

Até hoje, silêncio oficial 

Desde que os depoimentos do Coronel Hollanda vieram a público, a Revista Vigília tem insistido junto ao Cecomsaer – Centro de Comunicação Social do Ministério da Aeronáutica (e-mail: imprensa@fab.mil.br) na expectativa de um pronunciamento oficial do Ministério em relação ao tema "Operação Prato". Muitos foram os e-mails e telefonemas ao órgão neste período. O Ministério, (http://www.fab.mil.br) no entanto, preferiu manter o silêncio que vigora há mais de 20 anos, alimentando a especulação e a crença cada vez mais forte no meio Ufológico de que as autoridades sabem mais do que dizem. 

Numa oportunidade, após o envio pela Internet de transcrição de uma palestra do coronel Uyrangê Hollanda e fac-símile do relatório do sargento João Flávio, o oficial do Cecomsaer que atendeu nosso telefonema revelou que o órgão não tem autorização para se pronunciar a respeito de Ovnis. Qualquer pronunciamento deveria ser feito ou autorizado diretamente pelo Ministro da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Lélio Viana Lôbo. No dia 6 de janeiro de 1998, Vigília enviou novo e-mail aos cuidados do Cecomsaer, desta vez para encaminhamento ao Ministro. Porém, não houve resposta. 

A atitude não foi surpresa. Um dos únicos –e o último– momentos em que se criou a expectativa de transparência e abertura do assunto Ovni na Força Aérea Brasileira aconteceu em 1986, quando era Ministro o Brigadeiro Octávio Moreira Lima. Em maio daquele ano, caças da FAB foram acionados para checar o aparecimento de mais de 20 pontos (ecos) nos radares do CINDACTA (Centro Integrado de Defesa e Controle de Tráfego Aéreo), entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Na época, os pilotos dos caças foram autorizados a conceder entrevista à imprensa, o que foi feito também pelo então Ministro, num fenômeno que até hoje permanece sem explicação. 

A reportagem de Vigília conseguiu falar com o ex-ministro Octávio Moreira Lima, atualmente diretor do INCAER – Instituto Histórico e Cultural da Aeronáutica, no Rio de Janeiro. Ao telefone, o Ministro não quis comentar as declarações de Hollanda, afirmando ter tomado conhecimento da história "muito por alto, mas não desci a detalhes, de maneira que não posso externar uma opinião, que seria assim fora de propósito", disse. 

O brigadeiro negou que houvesse, em sua gestão, qualquer determinação especial quanto ao tratamento que seria dado ao tema. Logo após o episódio de 1986, a FAB anunciou que revelaria um dossiê sobre Ovnis, o que acabou não acontecendo. O ex-ministro explicou: "esse dossiê seria uma explicação para a ocorrência [nota: de 1986]", mas como não houve uma conclusão, "ficou muito difícil para nós darmos um relatório dizendo que não tinha acontecido nada. Simplesmente não houve uma explicação". Apesar de negar que os pilotos dos caças da FAB tivessem feito contato visual com os objetos detectados pelo radar, o ex- ministro não negou o contato visual do então presidente da Embraer, coronel Ozires Silva, quando, no mesmo momento, preparava-se para pousar seu avião em São José dos Campos (a 100 km da Capital, São Paulo). O coronel observou no horizonte três pontos de luz nas colorações verde, vermelha e branca. 
Perguntado sobre seus conhecimentos a respeito da Operação Prato, o ex-ministro disse não se recordar de ter lidado oficialmente com o assunto. "Sinceramente, eu ouvi falar, li qualquer coisa na imprensa, mas não me detive em detalhes", e concluiu, voltando às declarações do coronel Hollanda: "ficou a opinião de uma pessoa que merece credibilidade, agora, naturalmente, nós não podemos confirmar nem desmentir coisa nenhuma, você entendeu?". 

Suicídio por razões pessoais 

O Coronel Uyrangê Hollanda não chegou a ver a repercussão de suas declarações à Revista UFO e à grande imprensa. No dia 2 de outubro de 1997, cometera suicídio em seu apartamento, na cidade de Cabo Frio. O caso foi registrado na delegacia de São Pedro da Aldeia, vizinha a Cabo Frio. O laudo do Instituto Médico Legal confirmou a morte por asfixia, devido ao enforcamento. 

A despeito dos boatos que circularam na Internet colocando em dúvida o suicídio do coronel, A. J. Gevaerd (editor da Revista UFO, de quem o militar havia se tornado amigo) tratou de esclarecer, através de e-mail à lista Terráqueos: "Posso garantir: ninguém o 'suicidou' por falar demais. Ele fez isso por razões próprias". Gevaerd, nas várias horas em que esteve com o coronel, ouviu diversas confidências do militar, uma delas uma tentativa anterior de suicídio, quando o coronel havia se jogado do quarto andar de um edifício". Vigília procurou contato com a família do coronel. Morando ainda em Belém, no Pará, Uyracê Hollanda, um dos nove irmãos de Uyrangê, foi contatado ao telefone mas não quis comentar o que ocorreu. Disse apenas estar muito chocado com a notícia. 

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