sexta-feira, 5 de maio de 2017

O que realmente aconteceu em Roswell?

Que grande evento mundial faria com que a gigante CNN fizesse transmissões ao vivo de Roswell, Novo México, em julho de 1997, enquanto dezenas de milhares de pessoas visitavam a pequena cidade?

Os visitantes celebravam o 50º aniversário de um evento que, se realmente aconteceu como eles crêem, deveria ter redefinido completamente as concepções do homem sobre o seu lugar no universo. Esses “verdadeiros fiéis” dos ÓVNIS defendem que alienígenas de outro planeta colidiram seu disco voador enquanto aterrissavam em um rancho local, e que o governo dos EUA tem encoberto as evidências desde então.
Em julho de 1947, o jornal Roswell Daily Record publicou na primeira página o título “RAAF captura disco voador em um rancho na região de Roswell”. Assim começou a lenda do “Incidente de Roswell”, que deu origem a dúzias de livros, filmes e séries de TV.

A história

Em meados de junho de 1947, W.W. “Mac” Brazel descobriu alguns destroços. O xerife local, achando que aquilo deveria ter alguma importância militar, contatou o Major Jesse Marcel – uma figura chave neste incidente – da Base Aérea do Exército em Roswell. Marcel e o oficial de inteligência Sheridan Cavitt foram enviados ao rancho de Branzel. Cavitt pensou que aquilo provavelmente teria vindo de um balão meteorológico, mas Marcel tinha outras ideias. Sua esposa e filho ainda se lembram dele falando sobre discos voadores (1). Em 8 de julho o oficial de relações públicas da base anunciou que eles tinham recuperado um disco voador. Embora eles tenham se retratado desta afirmação alguns dias depois, a “prova” de que fôramos visitados por extraterrestres fora “revelada”.

Como Marcel ficou convencido de que era um disco voador? Algumas semanas atrás, o empresário Kenneth Arnold tornara-se uma sensação na mídia quando afirmou que seu avião leve foi ultrapassado sobre as Montanhas Cascade, Washington, por nove discos como “discos que voavam por sobre a água”. Foi assim que o termo “disco voador” pegou, e a publicidade levou a uma explosão de avistamentos naquele ano – 850 no total –, ao passo que as pessoas começaram a olhar para os céus com expectativa.
Poucos dias após o anúncio original, uma coletiva de imprensa explicou que nada mais que um balão meteorológico havia caído no rancho de Branzel. Mas Marcel não se convenceu. Ele disse que aquilo não parecia com nenhum balão meteorológico que ele já tinha visto antes – e ele, na verdade, estava certo.
O “disco voador” de Roswell logo saiu de cena por cerca de 30 anos. Então, subitamente, tornou-se maior do que nunca!

Tecnologia alienígena secreta?

Diagrama de balões meteorológicos do Projeto Mogul.
Diagrama de balões meteorológicos do Projeto Mogul.
Houve de fato um encobrimento em Roswell, mas não de uma tão interessante e avançada tecnologia alienígena caindo em nosso planeta. Estamos falando do início da Guerra Fria. A América tinha “a bomba”; a União Soviética estava desenvolvendo uma tecnologia similar. Antes da era dos satélites de segurança, um programa ultra-secreto foi iniciado, com o intuito de levar os americanos a monitorar os testes atômicos dos soviéticos. Vários balões como os meteorológicos seriam enviados para o alto, nas correntes estratosféricas. Estes continham radares refletores – basicamente pipas com folhas de estanho, feitos com bastões, chamados alvos RAWIN. Uma companhia de brinquedos fabricou esses pipas, usando nada mais que fita reforçada. Os balões eram feitos de borracha neoprene, tubos de alumínio e aros. Primitivos para os padrões atuais, eles carregavam microfones de baixa frequência, um sonar e cargas de baterias.
Em 4 de junho de 1947, um destes foi lançado do Campo Espacial do Exército em Alamogordo, Novo México, não muito distante de Roswell. Alguns dos balões incendiaram devido à exposição ao sol. Os militares perderam contato com o aparelho a apenas 27 km de seu eventual local de colisão. Informações sobre isso permaneceram secretas por mais de 40 anos, porque os EUA não queriam que a União Soviética soubesse que estavam sendo espionados. Oficiais de baixa patente como Marcel não tinham ideia disso, mas Marcel sabia que não era um balão meteorológico comum. Ao ouvir as negativas do governo, e com sua pré-crença em ÓVNIS, ele somou dois mais dois e chegou a cinco, isto é, “E.T.”.

Por que tantas pessoas acreditam em Óvnis?

É incrível que algo tão terráqueo fosse confundido com um disco voador. Até mesmo os “hieróglifos alienígenas” não
eram nada mais que imagens de flores e desenhos infantis na embalagem da fita. E as afirmações do livro? Bem simples: não havia corpos de aliens. Da mesma forma,
Brazel jamais testificou ter visto qualquer metal nos destroços – não havia nenhum material inquebrável em especial. E a assinatura do Presidente Truman? Acabaram descobrindo que ela havia sido “retirada” de outro memorando. O livro continha material fraudulento.
Os hieróglifos alienígenas não eram nada mais que figuras infantis usadas nas embalagens das fitas.
Os "hieróglifos alienígenas não eram nada mais que figuras infantis usadas nas embalagens das fitas.
Houve inúmeras investigações em Roswell que realçaram a total ausência de evidências que sustentassem as afirmações sobre alienígenas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Biografia de Nikola Tesla☇

Biografia de Nikola Tesla☇ Nikola Tesla (1856-1943) foi um inventor, austro-húngaro, nascido em Smiljan (Império Austro-húngaro), na atual...