Entre as muitas teorias que têm surgido sobre o novo vírus da gripe A (H1N1), a da Dra. Rauni Kilde, ex-diretora clínica da província finlandesa da Lapónia, é inédita: defende que a OMS mente nas estatísticas que apresenta e que as “elites” estão pretendendo reduzir a população mundial a dois terços.
Numa entrevista que circula na Internet há algumas semanas, a médica Rauni Kilde (informações biográficas no fim da página), questionada sobre a gripe A, declara que a informação que existe sobre o novo vírus H1N1 é “autêntico lixo”. Kilde é peremptória: “Não é a gripe suína que é perigosa, são as vacinas”.
Numa entrevista de quase sete minutos, Kilde começa por dizer que a humanidade desconhece os efeitos dos alimentos transgênicos ou da utilização dos telemóveis na saúde, e que tudo se resume a uma estratégia concertada das “elites” para reduzir a população mundial a pelo menos dois terços ou “até em cinco mil milhões” de pessoas.
“Eliminar a próxima geração”
Segundo Rauni Kilde, “por detrás de tudo está a diminuição da população mundial” e o objetivo é “colocar milhões nos bolsos de quem difunde as vacinas”.
A médica fala em Donald Rumsfeld , que foi diretor da Gilead Sciences, Inc., a empresa detentora da patente do medicamento Tamiflu, e que tem sido apontado como detentor de ações da empresa.
Kilde acredita que as recomendações para vacinar primeiro grávidas e crianças têm como propósito “eliminar a próxima geração”.
A médica refere-se ainda a epidemia de uma variante da gripe suína que surgiu na década de 70, nos Estados Unidos da América, que envolveu uma grande campanha de vacinação. Kilde refere que os EUA “deixaram a vacinação após três semanas porque havia muita gente morrendo e com danos neurológicos” e que “se asseguraram de que as pessoas não seriam compensadas pelos danos sofridos”.
“Campanha de medo”
“Os Governos estão lançando uma propaganda de medo”. Todos da mídia dizem que vai ser terrível. É propaganda e as pessoas assustam-se”, defende Rauni Kilde, sustentando ainda que a Organização Mundial de Saúde (OMS) obrigará as pessoas a serem vacinadas “à força” e que a organização só terá ativado o alerta de uma pandemia de nível seis para esse efeito. “Vê-se em qualquer país do mundo que as pessoas não estão doentes”, declarou.
Rauni Kilde acredita ainda que a OMS divulga números “falsos” e que quem sai beneficiado desta “estratégia” são as grandes farmacêuticas.
Plano e recomendações do Ministério da Saúde Português
Sem olhar às teorias divulgadas, a OMS continua preocupada em avaliar a evolução do vírus e, em Portugal, a primeira fase de vacinação contra a gripe A começou a 26 de Outubro com 54 mil doses disponíveis. As doses serão administradas a um número restrito de pessoas dentro do grupo A de vacinação contra a gripe, o primeiro de três identificados pelas autoridades.
Nesta primeira fase de vacinação são considerados prioritários os profissionais de saúde, grávidas nos segundo e terceiro trimestres de gestação com patologia associada e titulares de órgãos de soberania e profissionais que desempenhem funções consideradas essenciais para o funcionamento do país.
As vacinas, explicou a ministra da Saúde Ana Jorge, vão chegar a Portugal quinzenalmente e estas primeiras 54 mil doses serão distribuídas pelas cinco regiões de saúde, sendo esperado que, até chegar um novo lote de vacinas, estas estejam já todas ministradas.
O Ministério da Saúde e a Direção-Geral da Saúde definiram que estes grupos-alvo de vacinação correspondem a 30 por cento da população.
Segundo a ministra, as estimativas apontam para vacinação de 360 mil pessoas no grupo A, um milhão no B e os restantes no C, até perfazer três milhões. A vacinação de todo o grupo A deverá demorar mais de um mês.
Portugal adquiriu seis milhões de doses de vacina contra a gripe A (H1N1) para a vacinação de três milhões de pessoas.
Cada pessoa deverá levar duas doses da vacina, sendo a segunda administrada com um intervalo mínimo de três semanas.
Em relação aos órgãos de soberania, Ana Jorge não especificou quem é considerado imprescindível, mas já no que diz respeito aos profissionais de saúde a ministra referiu que podem ser, por exemplo, os profissionais dos cuidados intensivos, os que desenvolvem uma técnica única que mais ninguém faz, assim como os que garantem o funcionamento da Linha Saúde 24. (…)