Goiânia foi palco do maior acidente radiológico do mundo, em setembro de
1987. A contaminação afetou a saúde de centenas de pessoas.
A HISTÓRIA
No
dia 13 de setembro de 1987, um aparelho contendo uma peça radioativa foi achado
e aberto por catadores de papel, em Goiânia. O equipamento estava num prédio
abandonado onde funcionava uma clínica desativada. Os homens acharam que
se tratava de sucata e venderam o fragmento a um ferro-velho. A cápsula
projetava uma luz brilhante que despertou curiosidade, e muita gente acabou
manuseando o material.
O
acidente foi descoberto duas semanas depois. Após os primeiros sinais de
contágio pela radioatividade, a peça foi levada à Vigilância Sanitária, que
constatou tratar-se de material tóxico. A partir de então, casas e ruas foram
isoladas, e a cidade foi invadida por especialistas e técnicos em radiação.
Moradores fizeram testes para saber se estavam contaminados. Os primeiros
atendimentos foram no Estádio Olímpico de Goiânia, e os casos mais graves foram
transferidos para o Rio de Janeiro.
Mais
de mil pessoas foram contaminadas por radiação de césio-137. Na ocasião, quatro
morreram. Mas, estima-se que dezenas de pessoas faleceram em consequência de
complicações desenvolvidas a partir da contaminação pelo césio 137.
A
tragédia causou uma comoção nacional, mas também gerou, na época, uma
discriminação contra os goianos. Ainda hoje, uma associação de vítimas luta
para resgatar a cidadania dessas pessoas que foram contaminadas.
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