quinta-feira, 12 de maio de 2016

Sigilo do grupo Bilderberg

Sigilo do grupo Bilderberg
Os encontros do grupo Bilderberg ocorrem sempre fora do circuito publico. Uma vez escolhido o local que ira acolher os participantes (geralmente um hotel cinco estrelas), o mesmo e esvaziado, sendo retirados dele os cozinheiros, faxineiros, garçons, guardas e, inclusive, os hóspedes residentes. Somente então é ocupado pelos funcionários do grupo BB, que imediatamente assumem as funções daqueles que saíram. Vigias armados fornecidos pelo país hospedeiro compõem um forte esquema de segurança. Dessa forma, raros são os jornalistas que tem acesso a tais encontros e raras as reportagens nos meios de comunicação populares.
O escritor Robert Eringer, no intuito de coletar informações para uma obra sua intitulada The Global Manipulators, que trata do assunto, escreveu para as embaixadas, localizadas em Was­hington. Os embaixadores de todos os países lá representados eram integrantes do grupo Bilderberg. Dentre as vinte contactadas, apenas a holandesa emitiu alguma informação sobre a entidade. Um oficial dessa embaixada declarou que a única coisa que sabia sobre o assunto é que "o objetivo do BB era tornar um mundo mais habitável". A resposta de um diplomata alemão foi a mesma de vários professores universitários de política e dos diretores assistentes do FBI (na época, Mark Felt) e do Institute for Policy Studies (Michael Moffit): a de que desconheciam a existência do grupo e dela duvidavam. Eringer indagou ao então presidente da Casa Branca, Gerald Ford, sobre o seu envolvimento com os BB. Seu diretor de correspondência lhe respondeu que, embora o grupo não tivesse a pretensão de que os programas de seus encontros fossem secretos, nenhum registro sobre os mesmos era guardado (mais tarde o autor soube da existência de registros sobre o encontro, embora sejam estritamente confidenciais). Foi também indagado por Eringer a respeito do grupo Bilderberg o banqueiro David Rockefeller, pre­sidente do Chase Manhattan Bank, o qual lhe sugeriu que escrevesse a Charles Mullet, que é vice presidente da Muden and Company, a organização que assiste a administração do grupo American Friends of Bilderberg Incorporated (Corporação dos Amigos Americanos de Bilderberg). Muller forneceu-lhe a seguinte explicação: "No início de 1950 um número de pessoas de ambos os lados do Atlântico procuravam formas de reunir lideranças de dentro e fora dos órgãos governamentais para discussões informais acerca dos problemas que abrangem o mundo ocidental." Segundo ele, tais encontros criariam uma melhor compreensão sobre as forças e tendências que estavam afetando as nações ocidentais.
Uma das poucas vezes em que o encontro do Grupo Bilderberg foi mencionado num jornal britânico foi no Financial Times. Um dos jornalistas desse jornal, Gordon Tether, quis comentar o assunto e no dia 6 de maio de 1973, preparou, para que fosse publicado, o seguinte texto: "Os Bilderbergs sempre insistiram em manter seus encontros em segredo. Até poucos anos atrás era tanto o zelo em manter o sigilo que suas reuniões anuais eram totalmente desconhecidas da imprensa mundial... Pergunta-se então: se não há o que esconder, por que tanto zelo em mantê-las em segredo?" Porém, tal comentário nunca foi publicado, pois foi censurado pelo editor do Financial Times, Mark Fisher (membro da Comissão Trilateral), e Tether foi demitido do setor a que pertencia, uma coluna opinativa do jornal.
Quando algum escritor torna-se uma ameaça aos poderes constituídos, corre o risco de ser boicotado ou até mesmo eliminado. O norte-americano Carrol Quigley, autor do livro Tragedy and Hope, publicado em 1966, teve a obra censurada porque suas revelações não agradaram os grandes banqueiros e empresários. Ele detalhou, nas 1310 páginas da referida obra, como as intrincadas falcatruas financeiras e comerciais do Ocidente de antes de 1914 influenciaram o mundo de hoje. Já o jornalista francês Yann Moncomble, autor de O Poder das Drogas na Política Mundial, foi encontrado morto em seu apartamento, aos 37 anos, poucos dias apos o lançamento de sua denunciadora obra, em 1990. Todos os exemplares da mesma foram confiscados no inventário realizado após sua morte, tendo pois desaparecido totalmente das livrarias. Atualmente, os outros livros de Moncomble encontram-se ou esgotados (como A Tri­lateral e os Segredos do Mundialismo e Os Verdadeiros Responsáveis pela Terceira Guerra Mundial) ou com a circulação inibida, como e o caso de Quando a imprensa se encontra sob as ordens das Finanças e A política, o Sexo e as Finanças.
As informações sobre a identidade dos integrantes do Bilder­berg tornaram-se disponíveis porque uma editora norte-americana, a Liberty hobby, tem rastreado as atividades do grupo e vem divulgando há quinze anos notícias de suas reuniões anuais em seu famoso jornal The Spotlight. Datas e locais das reuniões, lista dos nomes de seus participantes e até mesmo a pauta dos assuntos discutidos têm sido trazidos ao conhecimento do público (vide em anexo a matéria que o The Spotlight publicou sobre o último encontro dos BB ocorrido em Bruxelas no mês de junho passado). Os jornalistas do referido jornal não divulgam, por motivos óbvios, os meios usados para obter tais informações. Mas até hoje, pelo que se sabe, ninguém conseguiu escapar a vigilância do sistema de segurança dos BB para se tornar ciente do que realmente se passa "lá dentro". No encontro deste ano, por exemplo, nada menos que duzentos homens armados estavam incumbidos de garantir o sigilo do encontro.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Biografia de Nikola Tesla☇

Biografia de Nikola Tesla☇ Nikola Tesla (1856-1943) foi um inventor, austro-húngaro, nascido em Smiljan (Império Austro-húngaro), na atual...